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Agnus Mortuum - Cordeiros Mortos


Banda paulista de Death Metal, a Agnus Mortuum teve seu início em 1995, em Guaratinguetá, SP, na ocasião a banda foi batizada de Requiem e contava com Dario Venturi nas guitarras, Eric Moore no baixo, Cristiano Tolosa na bateria e Carlão nos vocais! Em 2000 a banda tem seu fim, retornando 15 anos depois como um Power Trio e rebatizada de Agnus Mortuum (Cordeiro Morto em Latin)!

Dario Venturi (guitarras/vocais), Henrique Mota (baixo) e Diego Almeida (bateria) programam para 2016 o lançamento do ábum “Unchristian Age”, que se encontra em processo de gravação e ensaios para a Tour Nacional de lançamento: “Spread the Fury Tour”, onde serão tocados além das novas composições, velhos hits da banda como “Tempest” e “Your Soul I Will Take With Me”!

Além disso tudo a Agnus Mortuum ainda está na divulgação da música “Preachers of The End”, cujo vídeo está rolando no youtube:

Entrevista com Dario Venturi, vocalista e guitarrista da Agnus Mortuus


One Degrau: Boa Noite Dario, seja bem vindo ao One Degrau! Pra começar defina o som da Agnus Mortuum e suas influências.

Dario: Boa noite! A música do Agnus Mortuum é herança da época do Requiem, que sempre buscou o peso nas melodias e idéias e não apenas numa equalização dos timbres, peso também nas letras, que apesar da aparência, tem um caráter muito mais político do que religioso, chamaria o Agnus Mortuum de “banda ecológica” ou “Justiceira”, pois defendemos o que é fraco, assim como os animais, os pobres e os que não têm vez. Também questionamos as religiões e o ser humano sobre seus absurdos controversos, sobre tudo religioso, para com os que se dizem seguidores de um deus, mas vivem quebrando as regras deste deus. Matam sem pestanejar a si mesmos e todas as outras espécies, poluem, aprisionam animais que nunca verão a luz do dia e fazem sua própria espécie sofrer com a opressão do dinheiro, apenas para obter um conforto, que de certo modo também é ilusão. O ser humano não merece estar aqui e por isso pregamos o seu fim. Obviamente esse é o tema da música “Preachers of The End”.


O: Na música “Preachers of The End”, você gravou todos os instrumentos e vocais! Como foi esse processo?

D: Foi bastante trabalhoso e didático, aprendi muito com o processo e ainda estou aprendendo. O problema não é compor e gravar, o problema sou eu, no alto dos meus 39 anos aprendendo tudo de novo a respeito da tecnologia, dentro do mundo musical. Fiquei alguns anos fora da música e quando resolvi voltar, a pedaleira da guitarra estava dentro do meu celular? Ai fica difícil! Mas depois de muito estudo aprendi a lidar bem com os programas e plug-ins de estúdio. Gravei e compus a guitarra, que na verdade compus primeiro no violão, a bateria foi um grande problema, pois não tinha baterista, ai consegui adquirir o EZdrummer, que é um VSTi (virtual studio technology instrument), na verdade são vários loopings (frases) de bateria, gravados por grandes nomes do instrumento, que você pode trabalha-los ao seu gosto e edita-los de muitas e muitas formas. Enfim depois que gravei a bateria, o baixo, três guitarras bases, duas guitarras solo e em algumas partes, cinco linhas de vocais, parti para a edição e masterização, até o resultado final, que você já conhece do vídeo. O In Musica Records, esta adquirindo novos equipamentos que permitirão uma qualidade de áudio incrível para a gravação do disco, melhor do que a que está no vídeo.


O: Com a formação atual e contando os 15 anos “na geladeira”, você vê alguma mudança significativa no que diz respeito ao som dos tempos de Requiem em relação a Agnus Mortuum?

D: Todas as diferenças do mundo. Naquela época, ainda tínhamos muito daqueles adolescentes prepotentes, e nervosos, ávidos a fazer um som “melhor do mundo”, que na verdade era simplesmente mais um som. A vaidade sempre é a maior inimiga quando se é novo. Hoje não estamos preocupados em impressionar os músicos que vão ouvir o Agnus Mortuum, essa banda de hoje está ai, para você que vai se jogar do palco, que vai sangrar na roda do death, para o público que pagou com dinheiro suado para bater cabeça com um som brutal, que vai deixa-lo sem dormir e te fazer ter pesadelos. Outra diferença marcante está na formação, o Diego Almeida, novo baterista, é um grande baterista de metal, gosta do que faz, o Gus (baixista) é metal, a gente vê o brilho no olhar. Na formação antiga eu e o antigo vocal éramos “true metal”, os outros apenas estavam lá.


O: Apesar da boa aceitação do vídeo de “Preachers of The End”, você esperava ter seu som tocado em rádios americanas?

D: O som tem tocado por lá, mas o Metal Undergroud esta se tornando Metal Gourmet meus amigos. Antigamente a gente tinha orgulho de curtir, conhecer e vestir uma camisa de uma banda, que só tinha gravado uma demozinha e que quase ninguém do mundo a conhecesse. Era o cara mais fodão, o cara que, por exemplo, conhecia o Burzum em 1992, era o mais “from hell” do mundo. Hoje, se você não tiver o áudio padrão do mercado, não lançar seu álbum com um milhão de acessos no youtube, soundcloud etc. e não for amiguinho deste ou daquele cara, esquece! Não queremos fãs, queremos seguidores, discípulos fiéis. Gente que nos escute e mude sua atitude. Como era antigamente...


O: O que os fans de Death Metal podem esperar do vindouro álbum “Unchristian Age”?

D: Um Death Metal puro, crú, sem frescura como tem de ser. Brutal, rápido, pesado e acima de tudo perturbador. Modéstia à parte, minhas composições são diferentes. Não soam como ninguém, pois tenho uma receita para elas e é bem básica. Eu não escuto ninguém. Não fico em casa escutando nenhuma banda de metal, que possa interferir no meu processo de composição. Não gosto de “soar alguém” entende? Pois a intenção é ser diferente.


O: Se tratando de bandas novas, alguma que o Dario Venturi poderia indicar aos leitores do One Degrau?

D: Eu parei de escutar bandas novas nos anos noventa, depois disso, penso que a música se degradou bastante. Muitos clips de vídeos legais, mas a música muito enlatada, fácil e previsível demais. Parece radical, mas tenho certeza que muita gente concorda... O Agnus Mortuum veio dos anos noventa, e espero que fique assim.


O: Muito obrigado pela atenção! Fica o espaço aberto pra você deixar um recado aos admiradores do seu trabalho e aos leitores do One Degrau.

D: Eu só tenho a agradecer vocês e a todos que estão lendo esta entrevista, aos que ajudam nosso trabalho meu imenso “muito obrigado”. Logo o Álbum estará pronto e teremos muitos shows pela frente, com a nossa “National Tour Spread The Fury 2016”. Quero muito estar no palco novamente e passar toda a energia da nossa música e espalharmos a fúria do Agnus Mortuum para os que estiverem lá. Nos vemos em breve, Abraço a todos!


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Contato: dario@tocadascordas.com.br

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