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Garrafa Vazia - Punk Rock, Refrão & Cachaça!


“Irreverência, atitude e belda alegria, esse é o Garrafa Vazia!

Do som cru-dançante, do refrão grudento-grudante!

Do Rock n Roll visceral-alucinante!

3 debilóides derrubando barulho e cachaça espacial por onde passam!”


Formada em 2009 em Rio Claro, interior de São Paulo a Garrafa Vazia faz um Punk Rock 77, em português, som rápido, sem frescuras e com refrões grudentos! Um GaragePunk da Roça!!!


A Garrafa Vazia é:

Mariones- vocal/baixo

Hebert- guitarra/voz

Vadio- bateria

Os Garrafas seguem tocando seu Punk do Mato e divulgando seus últimos trabalhos, o álbum Back to Bacana e o single Corotinho! Impossível não ficar com o refrão na cabeça: "Corotinho, Corotinho Corotinho é o milagre no potinho!”



A banda tem no currículo inúmeras coletânes físicas e virtuais além de uma extensa discografia:


Os Garrafa (2011)

Pedrerage Sessions #01 (2012)

Greatest Shits (2013)

Hippies not Dead/Garrafa Vazia – Split (2013)

Back to Bacana (2015)

Corotinho ( saindo do forno 2015)


Trocando idéia com Mariones, vocalista e baixista do Garrafa Vazia!


One Degrau: Boa noite Mariones, seja bem vindo ao One Degrau! Vocês estão na estrada desde 2009, sempre na correria, fazendo shows, gravando discos e espalhando o Garagepunk da Roça sempre de maneira independente! Na sua visão quais os prós e os contras de ser uma banda independente?

Mariones: Em primeiro lugar, obrigado One Degrau!

Veículos independentes como vocês é que dão um gás animal para o underground seguir rugindo. A volta de vocês após um hiato é motivo de alegria para todos nós que amamos o rock subterrâneo.

Sobre ser uma banda independente, acho que só tem prós.

Você escolhe seus horários, você trilha, toma as decisões com os parceiros, constrói o seu próprio caminho, conhece um monte de gente legal, faz um monte de amizade, descobre bandas animais, sofre influências, viaja, aprende. Puts, isso aí legal pra caralho.

Se não tem casa de show, a gente se une e constrói nosso espaço-tempo. Se as pessoas só ouvem o mainstream, a gente vai até ela mostrar os sons das bandas. A gente se diverte muito, a vida é alegria e somos otimistas, a alegria é cheia de picles, e é uma atitude positiva perante a vida, ser crítico e também celebrar, provar da arte do encontro. Viva nóis!


O: Os trabalhos recentes do Garrafa Vazia são uma parceria com o Pé de Macaco S/A, fale um pouco sobre essa parceria.

M: Sim. Gravamos por lá o “Back to Bacana” e o mais recente, “Corotinho”.

Essa parceria é uma eterna camaradagem. Respeito e fraternidade estão luzindo agora no varal da simpatia.

Hoje, a Pé de Macaco S/A é nosso selo. Gravamos tudo lá. Da forma, do jeito que a gente gosta, num porão, gravando tudo ao vivo, só refazendo os vocais depois.

O clima, a atitude, a energia, a convivência é surreal. Somos muito amigos e admiração pelo trampo deles é monstruosa. Os caras são fodas. Um abraço forte nesses caboclos da paz!

A parceria começou meio que sem querer, talvez com a série “Metal Punk Attack”. Oito minidocumentários registrando várias bandas. Procure aí no YouTube que vale muito a pena! Bandas de várias regiões, e uma gringa, incrusive.

E aí começaram as prosas, quando vimos gravamos e pum: hoje eles tem essa USINA e fazem a diferença, promovem cultura, os encontros do barulho, que alegria!

Na verdade, o underground de São Carlos é muito forte, diferenciado. E isso tudo não vem de hoje, como por mágico. É um trabalho de anos e anos.

É antológico. É antológico porque é criativo, é autêntico, e foi construído com muita gana, sangue, muita doação e persistência. Hoje a quantidade de bandas que São Carlos abriga e forma é assombrosa. E é um terreno fértil que é muito, MUITO, receptivo.

E viva a Pé de Macaco S/A!


O: No que diz respeito as composições da banda, tem algum compositor específico ou todos participam desse processo?

M: Geralmente eu (Mariones), chego com as letras e as melodias. Mas cada um coloca seu temperamento, magia, o som é Garrafa Vazia, nossa união é rara, cada um coloca sua energia e atitude, sem tempo ruim! Logo vem um solinho maluco do Hebert aqui, uma virada do Vadio, ali. Somos uma família e o processo é sagrado e democrático-debilóide.


O: Que artistas ou bandas fizeram o Mariones entrar nesse tal de rock n roll?

M: Vixi, difícil de resumir. Mas acho que rock and roll, na minha visão, só é possível graças ao mundão torto que explode com Martinho da Vila, Stanislaw Ponte Preta, Plinio Marcos, Ramones, punk 77, Guilherme Arantes, GORIES, Stones, o Quico, Muddy Waters, Howlin' Wolf, três acordes e um sorriso, Machadão, Excomungados, Lima Barreto, Black Flag, Cyro dos Anjos, as imortais crônicas do Nelson, dois dedinhos de Mingus, a densa melancolia do Coltrane, crássicos doTruffaut e Godard, a seleção de 82, os irmãos Coen, Buñuel, os tormentos pulando das páginas do craque Dostoiévski, Drummond, surrealismo com dadaísmo de banco de praça, o primeiro do Queen, Lou Reed e Olho Seco, as gatinhas Tieta e Naninha e o Pirulito, o gatinho zica da minha companheira Anita Sandroni, e ela, a Anita Sandroni. E claro: e a folia dos irmãos Hebert e do Vadio, e do meu primo Salomão Montenegro.


O: Ainda em 2015 podemos esperar algo novo em relação a discos do Garrafa Vazia?

M: Sim!

Estamos lançando o ep “Corotinho” com quatro canções.

Em breve vamos gravar um novo disco de inéditas (ainda em 2015)! Também vamos lançar mais um split com o lendário Hippies not Dead (banda de São Carlos, na ativa desde 1995).


O: Como está agenda de vocês? Muitos convites para tocar?

M: Felizmente os convites são muitos! E infelizmente não podemos atender grande parte por questão de horários/compromissos, embora o pessoal que chama a gente acabe entendendo essas limitações.

Mas estamos muito felizes com os convites!

Agora em outubro vamos tocar na histórica décima edição do PunktoberFest no Hangar 110, depois vamos ter alguns shows especiais, um deles bem bacana, com uma das bandas precursoras do punk nacional, e depois vem mais por aí – a agenda está uma belezura!

E sempre tudo acontece num climão de camaradagem e diversão. Nós temos uma postura crítica diante do mundo, diante de tudo que desapropria a vida, bloqueia a existência. Autoridade e arbitrariedades de merda? Foda-se. Mas muitas vezes é melhor agir do que repetir discursos preguiçosos e sem alma né?

E o que é o rock and roll se não uma tentativa de transgressão, um soco no marasmo, uma irreverente sugestão, uma inconsequência maionese, uma bicuda no senso comum imposto?


O: Muito obrigado pela entrevista! Longa Vida ao Garrafa Vazia! Particularmente acompanho o trabalho de vocês desde os tempos do falecido Orkut e sempre curti muito! Deixo esse espaço para você dar um recado aos admiradores do seu trabalho e aos leitores do One Degrau.

M: Eu que agradeço, de coração! Valeu Flávião! Obrigado pelas palavras. Velhos tempos de Orkut! Tamo junto! Esperamos ver um dia uma sonzera com vocês! Nós que agradecemos, muito obrigado pela atenção, carinho e camaradagem durante todos esses anos!

O recado é: a vida é fodona, respirar, ler e ouvir e encontrar, e o desconhecido trombar, procurar, porra, bão demais, viver é como olhar a lua dançando, não tem muita explicação, ultrapassa a razão e seus brinquedos. Vamos curtir então, vamos voar nessa intensidade enquanto o mundo é este belo bolinho de arroz! Viva a amizade, viva o One Degrau!


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