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RIVEROS - A MALDIÇÃO CONTINUA!!!


Eis que os Riveros , banda de Horror Punk de Natal- RN, ressurge novamente para a alegria dos fãs do bom e velho Horror Punk Nacional! Hermano (vocal), Arthur (guitarra), Garrafinha (baixo) e Diano (bateria) entraram em estúdio para continuar a saga do Bando dos Zumbis Cangaceiros!!!

O novo trabalho tem previsão para sair no início do segundo semestre e já está deixando os seguidores do Bando alvoroçados, já que o primeiro CD da banda intitulado Riveros, lançado em 2013 se tornou um clássico do Horror Punk Brasileiro!

O One Degrau trocou uma ideia com Arthur Cummings, guitarrista do Riveros, que entre outros assuntos falou sobre o novo trabalho do Bando! Confiram:


One Degrau: Boa noite Arthur, seja bem vindo ao One Degrau! Satisfação em ter os Riveros conosco novamente, ainda mais em um momento especial: A gravação de um novo trabalho do Bando! Fale um pouco desse trabalho, já tem algum título? O que os fãs podem esperar desse álbum, já que o primeiro CD da banda teve uma aceitação muito boa por parte da crítica e do público em geral?

Arthur: Muito boa noite caba, e a todos que aparecem por aqui pelo One Degrau também. Então, estamos sim em processo de gravação para o nosso segundo álbum do Bando. E cara, estamos muito felizes com tudo o que está acontecendo. Desde o início da idealização desse projeto estamos trabalhando muito para tornar possível sua realização. Cabe realmente como uma continuação do primeiro álbum, com a mesma temática horror punk que tão sabemos e gostamos de fazer. Desta vez, a ambientação terá uma perspectiva noturna, escura e sombria, o que facilitará a aparição de monstros, fantasmas e criaturas que nasceram no berço da cultura-horror londrina. Sobre o título ainda é um mistério (kkkkkkkkk). Mas, o que posso dizer é que a maldição continua nas músicas do Riveros, sem sombra de dúvidas, e que quem gostou do primeiro álbum, vai conseguir se entregar também a esse que está por vir, de corpo e alma!


O: Como surgiu a parceria com o selo Microfonia?

A: Cara, falar sobre essa parceria é uma das coisas que mais me deixa feliz. O ponta-pé inicial desta amizade se deu numa noite de sábado que colei num show do NTE, uma banda de punk de uns amigos aqui de Natal. Nesta referida noite, estava curtindo o show com minha noiva, até que vi uma banquinha vendendo muitos materiais de bandas diversas: CD’s, DVD’s, adesivos, livros, camisas e dentre isso tudo, uma caneca do Misfits que muito me chamou atenção. Colei na banquinha, segurei a caneca do Misfits e achei dentre todo aquele material, um DVD do Zumbis do Espaço. Massa, até ai tudo bem! Comprei e pedi a mulher da banquinha para guardar lá até o show acabar que depois voltaria pra pegar. Nesse meio tempo, um velhinho de cavanhaque branco e de boina, se aproximou e me entregou um jornalzinho: recebi e agradeci. Logo que segurei vi que tratava de um zine chamado MICROFONIA, e que tinha algumas indicações de CD’s de bandas da cena independente. Pensei de imediato que poderia ser um veículo para divulgação do Riveros, claro. Como sempre ando com um CD comigo, segurei-o na mão e fui atrás do velhinho que havia me dado o zine, para poder trocar uma ideia e dar o CD a ele para que fosse possível, talvez, a divulgação em uma próxima edição do Jornal Microfonia. Descobri que o nome desse velhinho era Adriano Stevenson, e conheci sua companheira de empreitadas, Olga. De cara, ao receber o CD do Riveros, Adriano falou: “ah, já ouvi falar de vocês! Não são os Misfits de Natal?”, e largou um sorriso. Ao mesmo tempo em que fiquei surpreso, fiquei extremamente feliz com o comentário, trocamos ideias até o fim do show e cada um foi pro seu canto. Naquela mesma noite, Adriano e Olga zarparam para João Pessoa (PB) e eu voltei pra casa muito feliz pelo contato, mandei mensagens para os outros caras do bando contando sobre todo o ocorrido.

A partir desta noite, a historia do bando nunca mais foi a mesma.

Cheguei em casa, adicionei no facebook o perfil do Jornal Microfonia e assim seguiu a semana. Certa noite, recema mensagem de Adriano com um tom um pouco vocífero, dizendo que o Riveros havia estragado a vida dele! Fiquei um pouco assustado com a mensagem, e logo após perguntei o porque, e ele explicou: “meu filho Pedro não para de escutar essa porra aqui em casa, é dia e noite, ele já passou pra mp3, para o celular, computador, e passa dias e dias e ele não para de escutar” (kkkkkkkkkkkkk). Foi muito bom ouvir aquilo! E daí, os laços foram ficando mais fortes e a parceria foi aumentando cada vez mais. No ano que seguiu fomos convidados a fazer alguns shows lá por JP, que o Microfonia organizou, participar de entrevista no programa Jardim Elétrico da Rádio Tabajara, e de lá pra cá cara... Foi tudo fluindo naturalmente, como em uma amizade forte normalmente acontece: os projetos foram se unindo até um dia em que já não precisávamos falar muito, o Riveros já estava para o Microfonia sem nem precisarmos dizer muita coisa (e vice-versa). Temos um carinho enorme pelo nome do Microfonia (que é selo, é jornal, tá na rádio, tem zine, etc, etc e etc) e principalmente pelas pessoas que o representam: Adriano e Olga são realmente pessoas especiais de ter como companheiros. Assim sendo, não poderia ser diferente! Foi maravilhosa essa parceria para esse novo álbum que terá o selo do Microfonia e todo o apoio dos envolvidos. Será um CD prensado, bem trabalhado e cheio de cuidados tanto na parte do áudio quanto na parte visual (gráfica), que daí também contamos com a parceria do nosso “quinto elemento”, o Sr. Maxwell, que é o responsável por toda parte de ilustrações do Riveros.


O: A respeito do nome da banda, de onde surgiu o Riveros?

A: Então, nosso nome veio com o intuito de representar a banda como uma família, como um sobrenome: Riveros! E sim, tem um paralelo forte com o nome da nossa principal influência: Ramones! Quem batizou a banda foi Hermano (vocal), que tem uma longa história para contar sobre a escolha etimológica do nome, que eu não me atrevo a descrevê-la (kkkkkkkkkkk). Mas em suma, prefiro assumir que é realmente uma referência ao sobrenome Ramones. O próprio Hermano assume o Riveros como sobrenome (Hermano Rivero), e até tentou fazer com que também todos nós assumíssemos este sobrenome, o que é uma ideia brilhante e convincente, pois mostra a união (família) ao bando, mas infelizmente não aconteceu... Não sei por que, mas nem eu também assumi o sobrenome (?)... Enfim!


O: Metade do Riveros veio do Fliperama, banda punk rock bubblegum de Natal, apesar de você não ter participado da formação, sempre esteve com os caras! Como você viu essa transição de estilos e como se sentiu ao ser integrado ao Riveros?

A: Já quero começar dizendo que a Fliperama, pra mim, foi a uma das melhores bandas que nossa cidade já teve! Sem duvidas! Mas o que aconteceu com a formação do Riveros não foi bem assim. Let’s Go!

Por volta dos anos de 2005-2007 (eu acho... sou péssimo com datas), a Fliperama era uma das bandas mais queridas de Natal. Tocavam praticamente todo fim de semana e o palco do Centro Cultural DoSol era praticamente a casa deles. Na mesma época eu tinha grande vontade de montar uma banda com meu brother Sérvulo (ex-batera do Riveros). Estávamos doidos para fazer um lance autoral e que tivesse a raiz ramoniana da qual tanto gostávamos. Uma dada noite fomos a um rolê no DoSol e vimos a Fliperamas fazendo um show com maestria. Ficamos admirados com aquilo e saímos de lá com uma sensação de: “se eles podem fazer, também podemos”. O Fliperama, assim como os Ramones (cada um dada sua proporção) foram nossas principais influências para montarmos nossa primeira banda, também no estilo bubblegum: The Cummings. Para o projeto, chamamos um brother amigo de Sérvulo para tocar baixo, o Lucas, e assim estava formado o Power Trio. Por conseguinte, a amizade com os Fliper’s foi surgindo naturalmente, já que éramos parceiros de estilo e na época existia uma cena bubblegum bacana aqui em Natal. Com o passar do tempo, a amizade foi se consolidando e sempre estávamos em rolés juntos, trocando ideias comuns e conversando sobre o de sempre: Ramones. Com o “The Cummings” ainda conseguimos gravar um EP (Johnny e suas 4 garotas) e logo depois a banda se desfez. Acabei ficando sem banda por um momento. Passado um tempo, os Fliperamas me chamaram para tocar em alguns rolês com eles, substituindo Kaká (guitarrista) em momentos que ela estava fazendo shows com a outra banda dela. E assim foi se consolidando uma relação massa com todos. Infelizmente, a Fliperama foi se desfazendo aos poucos, por motivos diversos, e não conseguiu voltar à ativa, mesmo tendo tentado por algumas vezes reacender as turbinas.

Certo dia Hermano me ligou – e eu nem sabia que ele tinha meu numero –, dizendo que estava querendo montar um projeto novo, e que o intuito era tocar punk rock. Eu aceitei de imediato a ideia. Dias depois, marcamos de sentar pra conversar e ele me mostrou uma música, “O Funesto Jardim Sangrento do Senhor P”, que ele compôs e que queria unir forças para montar um projeto naquela perspectiva. Assim consolidamos as primeiras raízes do Riveros. Naquela mesma noite, surgiu o nome de Sérvulo para compor a banda, e assim se fez. Nos primeiros ensaios éramos nos três (1 Fliperama + 2 Cummings). Em um tempo curto, chamamos Garrafa (ex-Fliperama) para sacar um ensaio, pois já tínhamos a má intenção de convidá-lo para o projeto, mas queríamos ver primeiro qual a reação dele para o que estávamos fazendo. E o resultado vocês já sabem. Após esse ensaio, Garrafa entrou oficialmente para o Riveros e assim estava composto o quarteto que se segurou até o final de 2015, com a saída de Sérvulo do bando e a entrada de Diano (ex-Toy Guns, que era uma banda de bubblegum com raízes na mesma época da Fliperama e que contava com Hermano no vocal). Assim, a formação do Riveros versa com membros renascidos das falecidas bandas: Fliperama, Toy Guns e The Cummings. Por isso somos ZUMBIS! Não tinha como ser diferente!

Dessa forma, não houve estranhamento nas parcerias, tampouco no estilo. Todos já éramos amigos e sempre tivemos o mesmo gosto de som: Ramones e Misfits. O que aconteceu é que começamos a colocar à esta perspectiva uma pegada mais séria, e com referencias mais fortes da literatura, dos “filmes b” e das estórias que muito gostamos. Assim, nos consolidamos no estilo horror punk pelas influências que são nossas origens por natureza.


O: Fale um pouco sobre a cena Horror Punk do Nordeste brasileiro, como andam os eventos e quais bandas você indicaria aos leitores do One Degrau?

A: Temos uma cena muito bacana acontecendo hoje em todo território nacional. Recentemente, em um grupo do WhatsApp chamado “Horror Punk Brasil” foi levantada uma lista com os nomes das bandas de horror punk que existem hoje espalhadas por todo território nacional. Nessa lista, consta um total de mais de 60 bandas no estilo, que vai de A à Z e de norte ao sul do país. Trazendo a lupa aqui para o nosso estado do Rio Grande do Norte, duas bandas que se destacam na consolidação do estilo são os “Inquisidores” e o “Sertão Sangrento”. Essas bandas têm mais de uma década de trabalhos inspirados no universo horror punk e já deixaram suas marcas muito consolidadas no cenário nacional. O bando Riveros é relativamente novo perante os parceiros já citados acima, mas aos poucos fomos tendo feedbacks muito bacanas do que fazemos, tanto da galera que escuta quanto da galera de outras bandas do cenário nacional. Nesse ponto – e eu gosto muito de falar sobre isso – destaco a parceria que temos com os brothers Sangrentos! Há uma reciprocidade muito bacana em nossos trabalhos, e uma amizade mais que generosa nessa parceria. Ainda não aconteceu, mas o que é ponto de pauta de muitas das nossas conversas é de juntar essas três bandas numa “Noite no Porão” – ou algo do tipo – e fazer uma festa boa, regada a horror! Infelizmente os roles aqui por Natal não estão tão intensos quanto em tempos de outrora, isso de uma forma geral, sobretudo na cena horror punk. Muito embora um lugar que tem destaque aqui é uma pizzaria com ambientação para shows: o Faster Pizza! Sempre tem role lá, e vez outra, tocamos com alguns amigos da casa – sugiro que escutem uma banda de punk rock chamada “Joseph Little Drop”! Ah, deve-se também o merecido destaque ao “Fornalha”, que é a sede de ensaios do Sertão Sangrento e também fomenta diversos shows na cidade de Caicó. Sobe o comando e organização de Popeye (vocal do SS) e sua esposa Driele, eles movimentam com grande responsabilidade os shows que acontecem por lá.

Cara, tem muita coisa boa pra escutar, puta que pariu, é muita coisa mesmo! Daqui do nordeste, para quem quiser conhecer, indico: Sertão Sangrento, Inquisidores, Os Medonhos, Cães Sarnentos... Ah, já ia esquecendo, escutem também: Riveros! (hehehehehehe).


O: Muito Obrigado pela entrevista! Aguardamos ansiosos pelo novo trabalho! Fique a vontade para deixar um recado aos admiradores do Bando e aos leitores do One Degrau.

A: Brother, só dizer que estou muito contente em poder estar participando desta entrevista, principalmente, porque se tratada de um trabalho muito responsável de um amigo. Dizer pra galera que curte o bando que continuem acompanhando as redes sociais com as informações sobre nosso próximo trabalho. Aos leitores do One Degrau, que sempre deem um força neste trabalho (lendo, divulgando, curtindo...) para que possa continuar sendo feito por um longo e longo tempo. E para quem tem banda, cara, eu escutei “uma palavra” de um brother que talvez alguns conheçam, Alexandre Falante, vocal da NTE, e que ficou na minha cabeça e sei que vou levar para o resto da vida. Ele me falou isso em uma de nossas prazerosas e rápidas conversas, logo que me perguntou “como estava o Riveros”, e após responder que estava tudo indo bem, ele falou: “RESISTA”! E de lá pra cá, entendi que em sua essência o ponto chave para todas as bandas é esse, resistir. Resistir no tempo e deixar nossa marca. E é nisso que estamos sempre acreditando. E pra finalizar, já que eu falei pra caralho... Quero deixar o seguinte recado:

A MALDIÇÃO CONTINUA!!!


Email:

bandoriveros@gmail.com

arthur_nunes@hotmail.com

h.hermani@hotmail.com



Confira também a primeira matéria com a banda RIVEROS que rolou aqui no One Degrau.

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