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ROCKABILLY BRASIL- MAIS QUE UM MOVIMENTO: UM ESTILO DE VIDA!









Boa noite leitores do One Degrau! Estamos aqui pra falar de uma obra de extrema importância para a Cultura Rock n Roll Nacional: O livro Rockabilly Brasil de Eduardo Molinar!

Não vejo exagero em colocar essa obra entre as mais importantes da nossa cultura pop, afinal se trata de um belo registro da cena Rockabilly na terra do samba! Antes dele pouca coisa, ou quase nada, de qualidade havia disponível! E que qualidade! Está tudo ali: de Elvis Presley (onde tudo começou) até o ápice do movimento com a vinda dos Stray Cats ao nosso humilde país! O Rockabilly é muito mais que um estilo musical, sem dúvidas é um estilo de vida onde se encaixam perfeitamente, visual, dança, filmes, gangues, bandas e muita atitude!

Entrevistas e fotos do movimento que vão desde bandas como Coke Luxe e Kães Vadius até personagens ilustres como Johnny Luva, Ivan Tupello, Eric Von Zipper, Luiz Teddy (filho do lendário Eddy Teddy), Rick N Roll, Cherry Wood, Anderson Nápoles e a Barbearia 9 de Julho Alex Rocker entre outros, além é claro das gangues que conseguiram o respeito perante os outros movimentos através de muita luta: Ratz, The Dogs 1954, Ases do Rock n Roll, The Rebels 50’s além das femininas The Betty Boops Rockabbily Gang e Simple Dolls!!!

Recomendadíssimo aos amantes do gênero, aqueles que curtem Rock n Roll e uma boa leitura! Ótima oportunidade para conhecer melhor esse estilo de vida que já virou até novela exibida na Glogo, Bambolê-1987, que na ocasião gerou protestos por parte dos Rockers, sendo o termo Bambolê usado para chamar os Rockers modinhas de verão... essa e muitas outras histórias vocês encontram nessa maravilhosa obra chamada: Rockabilly Brasil!!!

Ahh...preparem-se pois o autor já adiantou que o segundo livro já está em andamento, porém levará um tempo a mais para ficar pronto, pois a ideia é trazer uma obra maior e com mais informações sobre cenas e personagens que, por ventura, não apareceram no primeiro livro!!! Ou seja, se o primeiro já é bom, imaginem o que está por vir???



Contatos:


Trocando uma idéa com Eduardo Molinar, Rocker e autor do livro Rockabilly Brasil:


One Degrau: Boa noite Eduardo, seja bem vindo ao One Degrau! Primeiramente quero lhe dar os parabéns pelo Rockabilly Brasil, até que enfim temos um trabalho de qualidade que retrata esse movimento aqui no país! Bom, como surgiu sua paixão pelo Rockabilly e como foram suas visitas a São Paulo para as entrevistas do livro?

Eduardo: Boa noite, One Degrau! Muito obrigado pela chance de divulgar meu trabalho. Meu gosto por Rockabilly começou quando eu tinha 8 anos, quando ouvi Elvis Presley pela primeira vez. Assim como Elvis mudou o mundo, mudou minha vida também e direcionou meu gosto musical através do rock and roll dos anos 50, do punk e da música country. Eu fiz duas visitas a São Paulo para realizar as entrevistas para o livro. Não foram nem um pouco fáceis falando em questão de dinheiro e deslocamento... todos os dias eram muito cansativos e nem sempre eram produtivos. No entanto, foi uma das melhores experiências da minha vida, pois todos que encontrei (dentro e fora da cena Rockabilly) sempre estiveram dispostos a me ajudar. Até mesmo totais desconhecidos, seja no metrô, trem ou na rua, sempre foram atenciosos quando precisei de informações. Por essa e outras razões passei a adorar São Paulo. Me sentia em casa.


O: Lendo o livro descobrimos que o Rockabilly é muito mais que um estilo musical e sim um estilo de vida! Como você

vê o movimento atualmente no Brasil?

E: O movimento continua ativo e está em um novo momento no Brasil, um bom momento. Há novos festivais acontecendo todos os anos, eventos que trazem nomes internacionais do gênero para São Paulo ou Porto Alegre, por exemplo. Há também o interesse de pessoas mais novas que não vem apenas para dançar, mas saber de onde vem o som que elas gostam, o que aconteceu em 1954 ou em 1982... em ter o Rockabilly como estilo de vida. É claro que assim como há pessoas trabalhando de forma árdua para organizar eventos e colocar o Brasil na rota internacional do Rockabilly, há aqueles que só reclamam de tudo e não ajudam em nada, mas, graças a Deus, é uma “minoria bem pequena”.


O: Se tratando de bandas, quais bandas novas (nacionais) e quais as clássicas você indicaria aos leitores do One Degrau?

E: Em Poços de Caldas (MG) há a banda The Hicks, que estão expandindo os horizontes de suas turnês e que eu e os fãs estamos aguardando o primeiro álbum. Em Sapucaia do Sul há a Old Stuff Trio, que tocou no Viva Las Vegas 2016 e fez uma turnê nos Estados Unidos. Dos anos 80 e 90 eu cito João Penca e os Miquinhos Amestrados, que balançaram o Brasil tocando Rockabilly, Rock and Roll e Surf Music. Poderia ficar dias citando bandas aqui. Essas são algumas das que gosto e admiro.


O: No que diz respeito às gangues de SP, assim como no movimento Punk, o Rockabilly também tinha a clássica rixa entre o pessoal da City e do ABC! Tem alguma história sobre essas brigas que não foi utilizada no livro? E em sua opinião qual a importância das gangues no movimento nacional?

E: Algumas histórias não foram colocadas no livro a pedido de entrevistados, mas me foram contadas para entender o contexto das brigas. A “essência” das brigas é a mesma das que ocorriam no punk, e ainda ocorrem, pois as histórias continuam acontecendo. Apesar de muitos protestarem que as gangues dividem muito as cenas (seja qual cena for), meu entendimento é que não haveria Rockabilly no Brasil se não houvesse gangues de rua. É a nossa essência, é de onde a subcultura vem...das ruas! Foi assim que começou após a Segunda Guerra nos Estados Unidos e assim que começou no Brasil no fim dos anos 70. As gangues colocaram respeito no underground e praticamente disseram: “Esse é o nosso espaço e nós vamos mantê-lo custe o que custar”. Pode até ser que certas brigas entre gangues afastem poucas pessoas, mas as brigas foram necessárias para haver respeito entre os grupos. Hoje em dia as coisas estão bem mais calmas.


O: Ainda sobre as gangues, na sua opinião, o Rockabilly também teve seu papel no Feminismo? Leiam-se as Betty Boops e as Simple Dolls!

E: Com certeza! E o Rockabilly ainda tem esse papel! O estilo não é um estilo político – ideológico, mas um estilo político – pessoal. Para ser um Rocker você não pode ser racista, não pode ser machista e também não pode ser homofóbico. Estamos em 2016, o mundo mudou e o Rockabilly se adaptou a ele! Através da música e de impor sua atitude, as mulheres conquistaram coisas muito importantes como ter seu espaço respeitado no meio do Rock, usar calças jeans, fumar, lutar por seus direitos e fazer o que elas bem entendessem. Assim fizeram as Betty Boops e as Simple Dolls desde os anos 80 no Brasil. Certas coisas que elas conquistaram que eu citei podem parecer banais hoje, mas nos anos 50 era “coisa de homem”, mulher não poderia fazer... bem, elas fizeram!


O: Muito obrigado pela entrevista e parabéns novamente pelo trabalho! Deixo esse espaço pra você “vender seu peixe” e deixar um recado aos Rockers e aos leitores do One Degrau!

E: A mensagem que quero passar com o livro é de união! O Rockabilly, e o Underground Brasileiro, precisa se unir mais e, como diz meu amigo Rick N Roll, “tirar o pé da parede”. Os movimentos e subculturas não servem para nos fechar em mundinhos próprios, mas sim para abrir nossas cabeças contra o que acontece de errado e para nos mostrar o mundo que há ao nosso redor. O Rockabilly mudou desde os anos 50 e se adaptou à atualidade, e, dessa forma, nós também devemos fazer assim. Rocker não é só aquele que anda no visual e sabe dançar, mas é aquele que, além disso, conhece suas origens, olha para o futuro e passa isso às novas gerações. Para quem estiver interessado em adquirir exemplares do livro é só entrar em contato pela página “Rockabilly Brasil” no facebook! Ainda tenho alguns livros restantes dos lançamentos. Muito obrigado a todos.

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