PUNKZILLA - SEGUINDO O CAMINHO DO MEIO
Punk Rock empolgante, composições próprias, letras bem sacadas em português que remetem aos gloriosos anos dourados do Punk Nacional, os anos 80, porém sem se prender à rótulos e com uma identidade forte e bem definida! Esse é o Punkzilla, de Porto Alegre RS! Francis Fussiger- vocal, Luciano Santana-guitarra, Fábio Cavali- baixo, Diego "Primo" Aires- guitarra e Gabriel Ribeiro- bateria, vem desde 2014 destilando sua fúria e pregando o Punk Rock a todas as almas conformadas desse nosso querido país! Com duas DEMOS- DeMozilla I e II (2014), dois Singles- Caminho do Meio (2015) e É Natal (2016) a banda segue fazendo apresentações, divulgando o seu EP - Revolts (2016), preparando seu próximo Single, "Eu Tenho Medo das Pessoas de Bem" que será lançado ainda esse mês nas plataformas digitais, música que pode ser conferida em primeira mão na playlist Podcast One Degrau Na Véia! A banda ainda participou recentemente da Coletânea Viamão Lotado (2017), coletânea com 29 bandas da região Metropolitana de Porto Alegre e prepara seu primeiro Álbum completo que deverá sair nesse primeiro semestre de 2017!
Confiram o vídeo com a música "Caminho do Meio" da banda Punkzilla:
O One Degrau conversou um pouco com o vocalista Francis Fussiger, e o guitarrista Diego Aires da Punkzilla, que entre outros assuntos contoram um pouco da história da banda e sobre o futuro da Punkzilla! Confiram:
One Dergrau: Boa noite, sejam bem vindos ao One Degrau! Pra começarmos falem um pouco sobre a banda e suas influências para aqueles que ainda não conhecem o som da Punkzilla.
Diego Aires: A ideia de criar a banda aconteceu em abril de 2014, quando fomos no show dos Misfits em Porto Alegre. Em agosto deste mesmo ano, decidimos vencer a inércia musical e marcamos o primeiro ensaio. O nome “Punkzilla!” surgiu em uma conversa no grupo da banda no Facebook. Citamos dezenas de nomes, só que nenhum deles tinha agradado a todos. Até em um determinado momento, falei o nome “Punkzord”. Alguns segundos depois, o Luciano Santana falou: “Punkzilla”. Todos curtiram muito e a escolha se deu por encerrada. A primeira formaçãozilla contou com o Francis Fussiger (vocal), Luciano Santana (guitarra), Diego Aires (baixo) e Wallace Moraes (bateria).Nos primeiros meses, começamos tocando covers de algumas das nossas influências. Os covers foram muito importantes para que a gente tirasse o pó dos instrumentos, pois estávamos há um bom tempo sem tocar. Algumas músicas covers não ficavam boas, pois fugiam pouco da nossa sonoridade. Mas covers de bandas como Dead Kennedys, Misfits e Replicantes saiam com bastante naturalidade.Depois de um tempo, começamos a compor. A primeira música própria da banda foi “Homem de Neandertal”. Longo em seguida músicas como “Jorge Quiere Ser Hardcore”, “Almas da Rua” foram compostas. Depois que começamos a compor com mais frequência, os cover foram ficando de lado, pois queríamos mostrar nossos filhotes de Punkzilla (sons próprios) nos shows, não sobrando tempo para colocar músicas de outras bandas no setlist! Como influências, estão bandas como Cólera, Dead Kennedys, NOFX, Flicts, Replicantes, Garotos Podres, Black Flag, Misfits, Descendents, Inocentes, Restos de Nada, Ramones, The Clash e muito mais!
O: Como foi a participação da banda na Coletânea Viamão Lotado, lançada recentemente e como surgiu o convite?
Francis Fussiger: A coletânea foi criada a partir de uma ideia conjunta que surgiu durante o Sítio Hardcore, um evento que organizamos em Viamão no ano passado. E para chegar até o local, a galera literalmente “lotou o Viamão”. Naquele dia alguém falou: “Tem tanta banda legal por aqui. Seria demais fazer uma coletânea reunindo todas essas bandas”. Nessa mesma conversa o Renan Simões (da Acabo LA Tequila) falou: “E se a coletânea se chamasse Viamão Lotado?”. Meses depois a ideia foi se tornando realidade, com uma arte da capa sensacional do Diogo Fatturi, várias bandas participando, muitas páginas compartilhando e até uma trecho de matéria no jornal Zero Hora. Ficamos muito felizes com toda essa repercussão.
O: Parte das letras da banda falam sobre conscientizaçõo, qual a posição da Punkzilla sobre a atual situação política que nosso país está vivendo?
D: Não levantamos bandeira de nenhum partido político, porém acreditamos que estamos em uma situação de caos, tanto no governo federal, como no governo estadual e de muitos municípios. Algo que nos assusta é a ascensão de políticos com ideias extremistas que vem, a cada dia, ganhando mais apoiadores. Esperamos que não cresça ainda mais. Inclusive uma das nossas músicas “Eu Tenho Medo das Pessoas de Bem” fala sobre algo relacionado a esse tema.
O: Como vocês veem a atual cena underground de Porto Alegre? Tem alguma banda que te chamam a atenção?
D: A cena underground de Porto Alegre e Região Metropolitana têm muitas bandas, dos mais diversos estilos musicais e com alta qualidade. Muitas bandas chamam a nossa atenção, tanto que somos fãs de várias delas. É bastante difícil citar apenas uma banda, mas recentemente a banda Boca Braba Hardcore lançou um grande álbum! Indicamos pra todos que curtem HC.
O: Vocês estão preparando um Single com previsão para ser lançado ainda esse mês! O que você pode nos adiantar sobre esse trabalho? (Nota do Editor: O Single foi lançado dia 12/02)
D: Lançaremos o single “Eu Tenho Medo das Pessoas de Bem”. A letra da música retrata as pessoas que acreditam estar acima da lei e que, só por agirem dentro da lei e pagarem os impostos em dia, se acham no direito de julgar, opinar ou agir de forma intolerante. Infelizmente, as pessoas autodenominadas como “pessoas de bem” (ou cidadãos de bem) estão cada vez mais propagando seu ódio nas redes sociais pelos mais diversos motivos, e em alguns casos ocorrem atrocidades. É justamente desse tipo de pessoas que temos medo!O single “Eu Tenho Medo das Pessoas de Bem” será lançado nas plataformas digitais Spotify, iTunes, SoundCloud, Google Play, Bandcamp, etc. “Eu Tenho Medo das Pessoas de Bem” será uma pequena amostra do nosso primeiro álbum completo (“Hora de Acordar”), que será lançado ainda no primeiro semestre de 2017.
O: Na sua opinião, quais as vantagens e as desvantagens de se tocar em uma banda underground?
D: A principal vantagem é ter liberdade de produzir o som que a gente curte, sem se importar com o resultado financeiro que a música pode trazer. A maior desvantagem seria o fato da maioria das casas de shows ignorarem a cena underground.
O: Muito obrigado pela entrevista, sucesso à banda! Pra finalizar fique a vontade pra deixar um recado aos admiradores do seu trabalho e aos leitores do One Degrau.
F: Muito obrigado pessoal pelo apoio e que temos recebido, especialmente ao One Degrau que dá essa oportunidade para as bandas independentes. Esse ano vai ter bastante material novo da Punkzilla! Inclusive material físico. Valeu!
Links:
Clique na imagem e baixe o Single "Eu tenho Medo das Pessoas de Bem":
Link da Coletânea Viamão Lotado:
Contato:
punkzillahc@gmail.com
