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Cerveza de Litro - Sonzera Direto da Roça!!!


Impossível ouvir Cerveza de Litro e não e divertir com com a sonzera louca que essa banda de Santa Fé do Sul- SP, fundada em 2007 faz!

Junte Punk Rock, Rock Alternativo, Ska, Blues, Polca Paraguaia e Country, misture bem, acrescente boa dose de bom humor e essência caipira regada ao som de uma viola de 10 cordas e pronto, a Cerveza está pronta para ser consumida sem moderação!

A banda é formada por:

André Bonini - voz, violão, guitarra, teclados, samples e gaita

Lúcio Pé - baixo e backing vocal

Rafael Cassimiro - guitarra, viola, violão e backing vocal

Marcus Braz - bateria


Ouça aqui na íntegra o CD "Valmir" da banda Cerveza de Litro:



A Cerveza de Litro está na divulga do seu primeiro trabalho, o Álbum "Valmir", lançado recentemente e o One Degrau proseou com o vocalista André Bonini que entre outros assuntos falou sobre o Álbum de estréia e as influências da banda! Confiram:


One Degrau: Boa noite André, seja bem vindo ao One Degrau! Pra começarmos fale um pouco da Cerveza de Litro e suas influências para aqueles que ainda não conhecem seu trabalho.

André Bonini: Boa noite Flávio. Bom, a Cerveza de Litro é de Santa Fé do Sul, interiorzão de SP, e é o resultado da falta de vergonha de misturar tudo o que gostamos com as coisas que temos no lugar onde vivemos, ou seja, um bando de caipiras misturando um monte de som louco com moda de viola e sertanejo de zona, de um jeito bem espontâneo . É difícil enumerar influências, mas podemos dizer que nossa base musical vem do punk 77, do country do Cash e do pagode da viola do Tião Carreiro. Na parte das letras, o que predomina é o humor, às vezes sutil, às vezes pastelão, mas sempre na tentativa de fazer música maluca, divertida e honesta.


O: Como está sendo a repercussão do primeiro Álbum da banda, “Valmir” no cenário underground e quem é quem seria essa pessoa que dá nome a esse trabalho?

A: Aos poucos a gente está fazendo as pessoas conhecerem o disco. Já vendemos quase 300 cópias e a resposta de quem ouviu está sendo bem positiva. Quanto ao nome, "Valmir", a gente quis uma palavra que definisse o som, mas de um jeito diferente. Como o artista que desenhou a capa, Alboreto Fortunato, criou essa figura caipira e rebelde inspirado na atmosfera das músicas, a gente achou que seria legal dar um nome pra ele e usar pra batizar o disco também. Além do mais, se o Merda pode ter um disco que se chama"Carlos"e o Paul Mc Cartney diz no filme "A Hard Day's Night" que o penteado deles se chama "Arthur", nosso CD pode se chamar "Valmir", né?


O: O que você pode nos adiantar sobre o projeto da banda “Bailão do Cerveza”?

A: A gente mora no extremo interior do estado de SP e é difícil tocar nos bares daqui só com músicas autorais porque geralmente o público espera que toquemos coisas que eles sabem cantar. Então pra não ter que fazer cover de Detonautas e "Born to be Wild", a gente acha mais digno fazer versões de clássicos do sertanejo em uma roupagem que reflete o que nós gostamos de ouvir. "Boate Azul" numa levada de Ska latino, "Tristeza do Jeca" com viola ponteando e uma base meio guitar band com barulhinhos de eletrônica, "Ainda Ontem Chorei de Saudade" virou um hardcore meio psicótico, "Panela Velha" do Sérgio Reis, um blues punk sujão e por aí vai. A prioridade ainda é mostrar nosso trabalho autoral, mas esse projeto é algo que fazemos com muito gosto e um dia esperamos que se transforme em um disco ou algo assim.


O: Como você vê a cena Independente no interior paulista? Alguma banda que você indicaria aos leitores do One Degrau?

A: Tem um pessoal que faz coisas muito legais como o Garrafa Vazia, que agita bastante a região deles. Aqui na divisa com o Mato Grosso do Sul, infelizmente, não temos uma cena propriamente dita, mas eu destacaria algumas bandas que gosto bastante como o Street Fear (Ilha Solteira), que faz um grindcore muito foda, os Lisérgicos Originales (Fernandópolis), que é um punk rock psicodélico bem diferente, o Pinga com Groselha (Rio Preto), que é um rock brega muito engraçado e o Corja (Votuporanga) que é um HC bem classe.


O: Ainda sobre o Álbum “Valmir”,duas das 10 canções do CD são cantadas em espanhol, “Cerveza de Litro” e “La Polka”, de onde veio a idéia de usar esse idioma nessas músicas (que por sinal ficaram ótimas...)?

A: Na faculdade, eu estudei um pouco de espanhol e ficava brincando de escrever letras assim nessa época. A gente também gosta e se identifica com a cultura do Paraguai e tenta trazer isso para o universo da banda.


O: A banda tem uma boa influência de música caipira em seu som, como você vê as duplas que se dizem sertanejas hoje em dia?

A: Nós não gostamos, mas tentamos respeitar no sentido de não ferir a liberdade de escolha das pessoas. Não vejo problema na urbanização dessa música, já que a arte é viva e se transforma sempre. Se você for ver, duplas antigas já não tinham pudor em quebrar essas barreiras, Tião Carreiro e Pardinho gravaram tango na viola e Milionário e José Rico têm músicas como "Solidão" que beira a soul music. O que ferra nesse "sertanejo" moderno é que as músicas são fabricadas em série, um produto feito para um público alvo, um investimento em divulgação muito alto que não pode falhar, mas que é vazio no sentido da expressão artística. O Lucio, nosso baixista, diz que o sertanejo universitário deveria se formar logo e largar mão dessas canturia besta.


O: Muito obrigado pela entrevista e boa sorte à banda, devo confessar que fazia tempo que não me divertia tanto ouvindo um CD de banda independente! Parabéns pelo trabalho! Deixo esse espaço pra você “vender seu peixe” e mandar um recado aos admiradores do seu trabalho e aos leitores do One Degrau.


A: Eu que agradeço pelo espaço. Queria dizer que nosso disco está disponível para venda no Facebook da banda por 10 conto (mais barato que uma dose de conhaque na zona). Também queria pedir para o pessoal conferir no Youtube nossos videoclipes lindos de morrer. No mais, saúde e alegria para todos. Beijos.



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