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Difunteria - O Mal Despertou!!!


A Difunteria, banda de Horror Punk do ABC Paulista, lançou recentemente seu Álbum de estréia, o tão aguardado "Todo O Mal"!

Zé Máximo- vocal, João Máximo- guitarra, Gabiru- baixo e Lucas Cobra- bateria, demoraram para lançar esse trabalho de estréia, porém o tempo se torna irrelevante ao se escutar essa obra de arte do Horror Punk Nacional, tamanha a preocupação da banda em cada detalhe de cada música! A qualidade da gravação e a pegada das canções fazem brilhar os olhos dos amantes do gênero! São 10 pauladas sem clemência que abrangem o universo do horror que vão desde invasão alienígena, psicopatia, cidades amaldiçoadas até licantropia! Cada música apresentada ao ouvinte de uma forma diferente mas sem perder a essência do Álbum! Destaques para a faixa título, a maravilhosa "Novo Homem" e uma bela versão de "O Guarda Almas", da antiga banda dos irmãos Máximo, a saudosa Difuntos!

"Todo O Mal" pode ser ouvido em várias plataformas digitais e aguardamos com ansiedade o lançamento em formato físico!


Confira aqui o Álbum "Todo O Mal" da banda Difunteria na íntegra:

O One Degrau conversou com o baixista Gabiru e o baterista Lucas Cobra sobre o trabalho de estréia da Difunteria, confiram:


Batendo um papo com o pessoal da Difunteria:

One Degrau: Boa noite, sejam bem vindos ao One Degrau! Vamos começar falando sobre o tão aguardado álbum de estréia da Difunteria, “Todo o Mal”! Nele podemos ouvir o estrago que a Difunteria pode fazer, mesmo cada som sendo ímpar, não perde em nenhum momento a pegada e a identidade da banda! Como foi o processo de escolha das músicas, já que acabaram deixando de fora vários sons como “Dona Morte”?


Gabiru: Primeiramente gostaríamos de agradecer pela oportunidade de batermos esse papo e falarmos sobre o nosso primeiro disco, "Todo o Mal". Hoje estaremos somente em dois respondendo às perguntas: Gabiru e Lucas Cobra. Isso porque nós trancamos os irmãos Máximo em uma masmorra escura e eles só têm permissão para saírem quando decorarem as letras e as guitarras das músicas do próximo disco hehehe. A seleção das músicas do disco foi algo ocasional, tínhamos a intenção de gravar um EP com 5 músicas, e no dia da gravação do instrumental acabamos esticando o tempo e tocando outras 5. Pode notar que o disco tem uma gama variada de temas, levadas diferentes e até variedade de estéticas de letras, onde algumas são mais poéticas e reflexivas enquanto outras só querem te foder e te arrastar pela estrada. Apesar de toda essa variedade ficamos muito satisfeitos de que, dentro de um contexto em que as músicas “oscilam” em vários ritmos, conseguimos manter a veia Difunterística.

Cobra: Acredito que acabamos deixando “Dona Morte” de fora da seleção das músicas para o disco, porque ela foi concebida no começo da banda e naquele momento estávamos nos conhecendo “musicalmente” e formando nossa identidade. Consideramos este som o “marco” do início da banda, pois através dele, cada integrante pode trazer sua influência musical, sem falar no entrosamento...começo de banda sabe como é!

G: Ah! E temos alguns planos para Dona Morte, pode ficar trenquilo..rss


O: Em “Todo o Mal” vocês ainda fazem uma homenagem à saudosa banda Difuntos, regravando “O Guarda Almas”! Qual a sensação de reviver esses tempos?


C: Cara não tinha como passar batido. Difuntos sempre estará nos acordes da Difunteria! Foi ímpar a sensação de reviver e dar uma nova roupagem a faixa “O Guarda Almas”, sem tirar o brilho da primeira gravação. Quando decidimos iniciar com a banda, por um momento até pensamos em ressuscitar o nome Difuntos, mas por sugestão dos ex-integrantes Zé Máximo e João Máximo preferimos dar início a uma nova fase de destruição e ódio com a Difunteria.

G: Infelizmente os irmãos Máximos não darão seu depoimento pois estão sem contato com o mundo exterior!


O: O Horror Punk Nacional finalmente está se profissionalizando, com as bandas entendendo que não adianta apenas gravar o material e sim ter uma ótima qualidade nesse quesito! Na opinião de vocês o que falta para a cena ser reconhecida pelo público rock em geral? Vocês acham que o estilo ainda sofre um certo preconceito?


C: Acredito que o primeiro passo é o desapego de bandas consagradas. Procurar o novo fortalece e alimenta o monstro rock’n roll!! Ouvido seletivo sempre, pois nem sempre o que é novo é bom!

G: De modo geral, grande maioria das bandas brasileiras, mesmo com ótimas músicas, ainda pecam muito em sua qualidade sonora, e isso é complicado para a visibilidade delas! O pior é que não dá nem para reclamar muito, porque gravar seu disco não é nem um pouco barato e muitos não conseguem a grana para tal. O que não pode ocorrer é uma banalização da produção, divulgando qualquer coisa só porque você “quer existir” no meio das bandas. A Difunteria mesmo, no início gravamos algumas coisas de qualidade ruim, as músicas que foram para o Isto é Horror Punk Vol.4 por exemplo, têm uma péssima qualidade de gravação (como é o caso da música Dona Morte!). Em um certo ponto nós paramos para refletir, e sei citar até o momento, quando ouvimos um disco do bando Riveros e pensamos, “PERAÍ! É assim que tem que ser! Com qualidade sonora!” e desistimos de produzir nós mesmos e partimos para um estúdio profissional. Mas sem mais delongas, eu fico contente com a conscientização que as bandas têm tomado de que, para que sua produção musical ganhe valor, o primeiro a dar valor a ela deve ser você! Isso vai desde o cuidado na composição de letras, melodias e arranjos até a seleção de instrumentos, timbres, efeitos, mixagem e master que tragam sua música por completo e não só como uma “boa ideia"!

C: Acredito que a fusão de outros estilos (metal, thrash, crossover..) com o HP, diminuiu o preconceito. Já ouvi críticas positivas de headbangers, punks, HC e por aí vai. E sempre ao final da amostra de algum som, vem a frase: Porra!! Que som do caralho!! Não sabia que HP era assim!! Eu particularmente era um desses hahaha, enxergava um mundo HP totalmente diferente... e hoje posso dizer que é um vício de que você não consegue sair!


O: Ainda sobr "Todo o Mal", qual a verdadeira mensagem que a banda procura passar na letra de "Novo Homem", já que a mesma deixa o ouvinte pensando em várias possibilidades? A idéia é essa mesma, confundir?rss


C: Ao ouvir pela primeira vez , a narrativa não deixa bem claro quem está dissertando. Na verdade a letra se refere ao homem que se vê indagado e advertido por sua própria criação, de que seus passos são tortuosose que para sobreviver assimilam todos os recuesos do planeta, axaurindo dele sua vida!

G: Eu acredito que quando uma música é solta ao mundo ela toma vida própria e toma sentidos individuais e iternalizados para cada um. E na minha opinião, essa é a mágica do Zé, ele traz em suas letras questionamentos universais de uma forma poética e pouco elucidativa, criando esse ambiente perfeito pra cabeça ativar esse imaginário! Todos na Difunteria compõem, mas se você se pegar pensando em significados e questionamentos durante uma música nossa, é bem provável que seja o Zé fazendo isso com a sua mente! Hahaha


O: Na opinião de vocês, o que acham da cena Horror Punk Nacional e quais as bandas estão se destacando na cena?


C: Bom, aqui o bicho vai pegar! Sinceramente vejo um esforço muito grande na cena brasileira. Por outro lado, vejo um descaso e uma falta de respeito de alguma bandas de Horror Punk em nosso país! Não sei se deve ao fato da temática e essência das canções ou dos visuais muitas vezes carregados...mas alguns interpretam o estilo como uma "brincadeira"de fazer música. Ouvi alguns discos onde o compositor/banda, acredita que basta escrever uma dúzia de palavras falando de morte, zumbis, etc...que beleza! MAS NÃO!!! Ao meu ver, a seriedade das bandas está em transcrever em suas músicas o reflexo da alma de uma maneira individual, seja do compositor ou da banda, ou ainda sim o reflexo de toda uma população. Entre as bandas em destaque cito o Sertão Sangrento.

G: Eu acho complicado falar em cena nacional do HP, estamos muito espalhados e temos que nos mesclar com outros estilos para ter visibilidade em nossas regiões, o que acaba não gerando uma integridade de “cena” propriamente dita, onde formaríamos coletivos, criaríamos eventos específicos e consolidaríamos as parcerias. Eu vejo isso acontecer localmente, mas sempre espalhado (vamos concordar, o Brasil é grande pra porra!). O que existe hoje é uma grande vontade, uma grande paixão e uma grande quantidade de bandas espalhadas pelo país içando uma bandeira de HP! Mas bem, a pergunta pede as bandas que “estão se destacando” e eu diria que, o Sertão possuí grande destaque, além de ser influência para muitos, o bando Riveros me ganhou nos primeiros acordes e percebo que possuem grande visibilidade e a Dead Live, que ultimamente tem obtido grande repercussão.


O: Pra quem ainda não sabe, os integrantes da banda tem o site e o canal no Youtube “Hororrama”, que tem como objetivo divulgar o Horror em todas as suas vertentes, tanto nacionais quanto estrangeiras, além do selo “Horrorama Records”! Como andam esses trabalhos?

G: Rapaz, essa foi pra me alfinetar né? Hahaha Então cara, o Horrorama é a nossa forma de conseguir ajudar as bandas de horror do país, seja o canal, site ou o selo. O site tá lá no ar! Todo trevoso e cheio de matérias!! Fica o link aí! http://horroramatv.com.br/O nosso canal anda parado, por culpa minha eu confesso. Atualmente minha carga de trabalho tem atrapalhado muito meu tempo livre e como a maior parte de produção (filmagem, edição) era realizada por mim o projeto acabou sendo pausado. E quando eu digo pausado é porque eu acredito que tenham pessoas que gostam daquilo que estávamos produzindo e por isso sempre nos vemos conversando sobre como seria o retorno do canal. Precisamos nos organizar para que o canal volte a ativa, e uma hora vai!Quanto ao selo, “records”, que vamos chamar aqui só de selo por enquanto hahaha. Lançamos por ele o disco Todo o mal da Difunteria, como pontapé inicial. Tem aí na sequência um disco novinho do Pesadelo Brasileiro que estamos produzindo e está indo para as fases finais, no mesmo estúdio que gravamos o nosso. E quero aproveitar pra deixar meu agradecimento ao Pinga aqui, é um prazer imenso poder produzir um disco seu, meu chapa!! E vamos seguir assim, finalizando o disco do Pesadelo Brasileiro, vamos partir para outras bandas interessadas, já bati até um papo com um caboco brabo lá do Nordeste e se ele ainda tá lembrado nós nos colocamos à disposição! Hahaha


O: Muito obrigado pela entrevista! Para finalizar quais os planos da Difunteria para 2017 e fiquem à vontade para deixar um recado aos admiradores do trabalho de vocês e aos leitores do One Degrau.

G: Ô Flavião! É um prazer bater esse papo contigo! O trabalho que você faz para a cena underground é digno de respeito de todos! O site, o podcast e todo o apoio de divulgação que você dá para as bandas te torna um ícone para nós!! Bom, vamos aos recados então, falarei pela banda agora! Primeiramente para você que leu essa entrevista até esse ponto, se isso ocorreu, temos nossa profunda admiração por você, obrigado mesmo! Para quem curte nossas músicas, quero dizer que assim que os irmãos Máximo saírem da masmorra iniciaremos as gravações do novo disco, que tá ficando bem violento! Queremos trazer nele algo mais direcionado, com uma integridade na temática e um foco na representatividade das músicas como partes integrantes dela. E pra você que ainda não conhece nossa banda, dá uma conferida no nosso disco, "Todo o Mal"! Está disponível na internet em várias plataformas de streaming! Um grande abraço!


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