top of page

FALA UNDREGROUND - PEDRO ZUPO


Boa noite leitores do One Degrau! O FALA UNDERGROUND dessa edição é com uma figura ativa na cena Metal paulistana, Pedro Zupo, vocalista da Armadilha e integrante das bandas Kissif, Portas Negras e Vermes Malditos!

Conversamos com essa figura que dentre outros assuntos falou sobre seus projetos, influências e a cena underground!!!

Confiram:

One Degrau: Boa noite Pedro, seja bem ao One Degrau! Pra começar vamos falar um pouco do Armadilha, vocês lançaram em 2013 o excelente Álbum "Choque Elétrico", na época o posto de vocalista era ocupado pelo Felipe Feliciano, você era o baterista, como foi essa mudança e podemos esperar material novo da banda para 2018?

Pedro: Opa ! boa noite Flávio! Antes de mais nada preciso dizer que é uma honra participar do One Degrau, sei que é a primeira vez, mas espero poder repetir a dose muitas vezes! Bom, quanto ao Armadilha, o Felipe é um grande amigo que infelizmente teve que sair da banda no meio das sessões de gravação do “Choque Elétrico” por causa de uma situação no trabalho dele que o impossibilitou de continuar conosco. Quando precisou sair ele não havia nem conseguido gravar os vocais ainda, porém fez um mega esforço para gravar o que pode, muita gente não sabe, mas fui eu quem terminou de gravar os vocais do "Choque Elétrico" (tentando imitar o jeito do Fe cantar), muita coisa ali foi já no meu vocal mesmo, como por exemplo o refrão da "Metal Inquebrável" e os falsetes da música "Choque Elétrico". Depois da saída do Felipe, tentamos seguir com o Jonas (que inclusive canta numa banda incrível chamada Riding Storm, para quem não ouviu eu recomendo) porém acabou não funcionando a longo prazo, tendo em mente que gravei vocais em todos os trabalhos do Armadilha ( o “Choque Elétrico”, o dueto com o Jonas no tributo ao Zumbis do Espaço“Zumbis que Somos”, e o “We Are The Trap”) acabou sendo natural eu assumir os vocais, eu sempre adorei tocar bateria, mas também estudo canto a anos, inclusive hoje estou tentando me aperfeiçoar em Heavy Metal tendo aulas com meu grande professor Mário Pastore. Até agora a resposta do público tem sido muito boa, espero que continue assim!!!!

O: Você também está na formação atual do Portas Negras, a banda está inativa? Teremos chances de voltar a ouvir clássicos do Metal no estilo "Rainha de Destruição" e "Headbangers SP" em 2018?

P: Com certeza vai ouvir até mais que isso hehehehe, eu toquei no Portas em 2011 e sai da banda após alguns meses pois queria priorizar o Armadilha, e na época as duas bandas sendo inciantes, tinha um certo receio de confundirem as propostas por serem ambas bandas de Heavy Metal cantado em português e terem o baterista em comum. Hoje como no Armadilha estou apenas cantando, não houve mais receio de tentar novamente tocar com o Portas Negras, nós já fizemos duas apresentações “teste” agora em 2017, a idéia em 2018 é regravar as músicas do EP “Rainha da Destruição” junto de algumas músicas novas e lançarmos um Full-Lenght e divulgá-lo a todo vapor tocando por aí.

O: Sobre os seus outros projetos, Kissif e Vermes Malditos, projetos em que você toca bateria, ambas são bandas que fogem da vertente Metal que tanto te acompanha... Recebi em mãos o CD da Kissif, "...FDP!" (muito bom, só pra registrar...rs) e dá pra sacar um som mais Rock n Roll e puxado em algumas músicas para o Horror Punk, como "Até nas Profundezas" que tem em duas versões no CD, uma cantada pelo Bruno Minetti e outra com André Tor Tauil, vocalista dos Zumbis do Espaço nos voocais! Como surgiu a oportunidade de gravar com o Tor e como vão as coisas com a Kissif?

P: A Kissif é minha banda mais antiga, a banda começou em 1998, porém só entrei na banda em dezembro de 2004, foi meu primeiro trabalho autoral, eu acho divertido um fato, a música que me fez querer entrar na banda foi justamente “Até Nas Profundezas” , pois quando a ouvi eu pensei “ Uau, isso me lembra Zumbis do Espaço” ...e hoje temos ela gravada junto ao Tor, é surreal demais as vezes. Eu e o Tor trabalhamos juntos num projeto junto ao Pramen ( grupo folclórico da União Cultural Tcheco Brasileira) para fazer uma versão de “O Chamado da Estrada” dos Zumbis misturando com música tradicional tcheca, estavamos nos divertindo muito nesse trabalho, mostrei para o Tor essa música da Kissif e o convidei a cantá-la, como estavamos já em estúdio gravando a “Chamado da Estrada”, o Tor aceitou prontamente e gravou os vocais bem na pegada do “A invasão” , tenho um orgulho enorme dessa música !!!! A Kissif faz poucos shows, porém temos 62 músicas compostas que ainda não gravamos , acumuladas nos quase 20 anos de banda, ano que vem provavelmente lançaremos alguma coisa para comemorar os 20 anos.

O: Sobre os Vermes Malditos sei que tem novidades para 2018, poderia adiantar alguma coisa para os leitores do One Degrau?

P: Cara! Vem ai coisa muito legal! Estou fazendo um suspense, mas com certeza 2018 vai ter muita coisa legal do Vermes Malditos brotando por aí! Estou até empolgado! Provavelmente após o Carnaval o Vermes Malditos vai chamar atenção!!! (espero heheheeh). Daqui algumas semanas será lançado o video clipe de “Symphony of Fear” da banda Pastore, e lá eu participo, aparecendo de relance em alguns takes, quase como um “easter egg”, vestido de “El Tenebroso” (meu personagem no Vermes Malditos). Já é uma prévia, ano que vem tem novidade sobre o Vermes Malditos!!!

O: Sei do seu interesse por bandas novas, chegamos a trocar material, quais os artistas independentes você, Pedro Zupo, anda ouvindo ultimamente? E quais suas influências musicais?

P: Cara , eu acho interessante que andam surgindo muitas bandas novas, eu acabo me repetindo entre as que eu mais gosto, as que ouço mais são o Final Nightmare, Breakout, Fire Strike, Sweet Danger, Bitter, Death Trap, Hellmotz, Leatherfaces, Imminent Attack, Comando Nuclear, Álcool e o Riding Storm, porém sempre que posso ouço algo novo , recentemente as que conheci a menos tempo são o Facing Fear do Rio de Janeiro e o Kadabra de Valinhos, ambas excelentes. Fora do Heavy Metal eu estou ouvindo muito o Ossos Cruzados (inclusive fruto de uma troca nossa), o 96°GL , o Zombeers, Subsistência e Boneyard Club.Por fim, minhas influências são basicamente Girlschool, Judas Priest e Strana Officina, além das bandas da NWOBHM (principalmente Blitzkrieg, Raven e Tysondog) e as bandas brasileiras da década de 80. (Azul Limão, Stress, centúrias, Santuário e etc...).

O: Como você vê a cena Metal e a underground em geral de São Paulo? Algum conselho para as bandas que estão na ativa ou começando e para o público que por incrível que pareça, vive reclamando que não tem opção de shows aqui em São Paulo..rs

P: Sendo sincero, vou tentar ser o mais sucinto o possível, senão essa resposta teria umas 8 páginas. Basicamente, na minha opinião, temos dois grandes problemas, primeiro seria a falta de interesse do público em bandas novas, preferindo sempre vangloriar os antigos medalhões, e dessa forma eles não compram material das bandas novas e nem comparecem em show (o que está sufocando e matando a cena atual). E, o segundo, as bandas tem muitas vezes condutas muito pouco profissionais no palco, eu sei que ninguém vive de tocar metal no underground, mas ter capricho e compromisso é o mínimo a se exigir de uma banda que quer prosperar, porém vemos pessoal tocando bêbado, mal ensaiados, as vezes improvisando repertório, como se fosse uma festinha de colégio. Banda que não se leva a sério não tem público. Por fim, vou resumir como vejo o underground com um exemplo, a alguns dias vi uma frase compartilhada no facebook que dizia “ paga 200 reais para ver show gringo, mas não quer pagar 15 para ver o amigo tocar “, e vou dizer que apesar de entender e elogiar a intenção de quem criou essa frase que foi compartilha, ela está errada!!!! Eu não pago para ver amigo tocar! Eu pago para ver banda, para ver músicos, para ver Heavy Metal ...o problema é justamente essa mentalidade, nós não vamos para o underground ver amigo tocar, nós vamos no underground assistir shows do tipo de música que gostamos! Amigo eu vejo em aniversário ou em churrasco...em show eu quero ver músicos tocando um bom som, e se esse músico for meu amigo, melhor ainda!!!! Se nós das bandas nos levarmos mais a sério, talvez os produtores e o público passem a nos levar mais a sério também.

O: Muito obrigado pela entrevista, tive a honra de te conhecer pessoalmete e posso te dizer que as impressões foram as melhores possíveis! Sucesso pra você e boas festas! Deixe seu recado para os admiradores do seu trabalho e aos leitores do One Degrau!

P: Flavião ! Eu que agradeço demais por esse espaço e enfatizo que conhece-lo foi um prazer imensurável! Obrigado a todos que leram a esta entrevista, e que apoiam e demonstram interesse nas bandas novas e velhas desse submundo do rock! Sério, o som que amamos não vive só de internet e youtube! Obrigado por manter nosso som vivo !!!! Obrigado por tudo e longa vida ao Underground ao One Degrau e aos leitores do One Degrau!

Algumas palavras sobre o Underground by Pedro Zupo:

Links:

Armadilha:

Kissif:

Vermes Malditos:

Portas Negras:

Destaques
Seções
Postagens Recentes
Arquivo
Siga-nos
    • Facebook - Black Circle
    • Twitter - Black Circle
    • Google+ - Black Circle
    bottom of page