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NA LATA!: CLEBER ST (MALABARISTAS DE SEMÁFORO)


Fala leitores e ouvintes do One Degrau e do One Degrau na Véia! Sou Paçoca Psicodélica (vulgo, Yasmin Ramyrez), nova vocalista da banda Ramyrez 77 e criadora e produtora do Festival Hippie Punk Beatnik . A partir de hoje, 7 de maio de 2018, estarei colaborando com o site enviando entrevistas NA LATA!, com bandas cariocas! Tô me sentindo correspondente do Planeta Diário! Huauauhauhuha Que emossaaauuun <3 E pra começar a brincadeira, entrevistei o Cleber ST, vocalista, baixista e compositor da banda Malabaristas de Semáforo. A Malabaristas de Semáforo é uma banda dentre as mais criativas no cenário Rock n Roll atual da cidade do Rio de Janeiro. Com 5 anos de estrada e algumas formações, o trio segue fazendo um Rock que agrada com facilidade público variado. A banda conta atualmente com Cleber ST, baixo e vocal, Fabrício Cardozo, bateria e Pedro Grisolia guitarra. Sabe a expressão power trio? É perfeita para definir os rapazes. Com vocês, Malabaristas de Semáforo!

Paçoca Psicodélica: Malabaristas de Semáforo me lembra aqueles nomes duplos de bandas dos anos 80 tipo “Paralamas do Sucesso”, “Engenheiros do Hawaí”... (rsrsr) Alguém da banda faz malabarismo na rua? Por que esse nome?

Cleber ST: Oi Paçoca, engraçado vc comentar sobre os “Paralamas do Sucesso”, pois era a nossa referência sempre que falavam que “Malabaristas de Semáforo” era um nome estranho e grande demais pra uma banda, falávamos: “Paralamas do Sucesso é um nome bem mais esquisito, tão grande quanto e os caras estão faz mais de 30 anos por aí”(kkkk)... Ah, e o único malabarismo que fazemos é pra pagar as contas no fim do mês (rsrs). O nome é uma homenagem aos malabaristas que levam sua arte para o semáforo, quase sempre sem a devida atenção ou retorno, num paralelo com nosso trabalho como banda independente autoral.

P: Vocês começaram a tocar em 2013, como se encontraram, quantas formações a banda já teve e quem ainda é da formação original?

C: Vi na internet que tinha uma banda de Punk Rock no Meier (bairro do subúrbio do Rio) procurando um baixista. Ouvi o som dos caras e curti muito, me chamaram pra fazer um teste e naquele momento se formou a banda. De lá pra cá já tivemos diversas formações, sendo este que vos fala, o único remanescente da formação original.

P: Quais as influências musicais da banda, no underground e no maisntream?

C: Cada integrante tem suas influências pessoais, mas na sonoridade da banda podemos falar aqui de bandas setentistas e oitentistas como Joy Division, Plebe Rude, The Cure, Dead Kennedys, e outras mais atuais como QotSA, The Strokes, Bloc Party, etc.

P: Como vocês definem o som da Malabaristas, “Alternativo” da conta?

C: Tá aí uma pergunta difícil de responder. No início éramos uma banda essencialmente de Punk Rock, com a chegada de outras músicas no repertório assumimos o rótulo de Rock Alternativo por ser mais abrangente, porém recentemente alguns amigos nos falaram que o que fazemos é Stoner Rock!! No fim acho que dependendo da música que a pessoa ouve vai achar que somos de um determinado estilo ou outro e estão todos certos.

P: Vocês lançaram um EP ano passado, o "Malabas" e este ano já tem dois singles na área. Vai rolar álbum? Fala um pouco sobre o primeiro trabalho e o atual: o que se mantém no som da banda, o que mudou?

C: Vai rolar álbum sim Paçoca, no próximo dia 18/05 lançaremos o single "Normose" e no segundo semestre lançaremos nosso primeiro álbum chamado Lado B, que estamos finalizando e gostando bastante do resultado. No EP "Malabas "fomos mais restritos no som, as quatro músicas seguem na mesma linha, já no álbum Lado B exploramos mais a variedade do nosso repertório e assumimos uma liberdade maior nos arranjos, embora mantendo a essência de nossa sonoridade.

P: Os clipes de Feno e Tédio, são muito bons! Sou mesmo fã. Fala um pouco sobre o processo de produção deles. Pode dar uma dica de como será o próximo, aqui em primeira mão pra gente?

C: Poxa, obrigado Paçoca, é muito legal esse retorno. A gente tenta compensar nossas limitações financeiras com a criatividade. O processo de produção foi bem natural e divertido, tínhamos uma vaga ideia das cenas que queríamos e contamos com o talento do Celo Oliveira e Gabby Vessoni pra transformar essas ideias doidas em clipes que gostamos muito. Posso te adiantar que o próximo clipe será da música Normose, que significa a doença do normal, de ter que ser igual a todo mundo. O clipe vai mostrar cenas nesse sentido e despertar a atenção pra essa doença silenciosa.

P: Falando sobre o guitarra Pedro, me conta como é isso de ter um integrante da banda tão mais jovem? E porque você acha que não tem tanto moleque fazendo som?

C: Nosso guitarrista entrou pra banda com 16 anos, hoje com 17. Na verdade no meu primeiro contato com o Pedro ele me falou que tinha 16, depois descobri que ele ainda tinha 15, como se fizesse muita diferença 15 pra 16! (kkkkk). A vantagem da idade é que o jovem acredita no que tá fazendo, acredita no sonho, o que às vezes perde-se com a idade e o cansaço. Difícil saber ao certo porque não tem tanta molecada fazendo seu som, acho que o Rock vem perdendo sua capacidade de se comunicar com os jovens, com a realidade atual deles, o que Renato Russo em sua época fazia com perfeição, vejo que o RAP tem desempenhado melhor esse papel ultimamente.

P: O que você tem ouvido mais ultimamente do underground e do maisntream (não vale mentir, hein?!)?

C: Tenho ouvido Ventre, Petardos, Menores Atos, Medulla, Rincon Sapiência, Elza Soares, Boogarins, Death From Above 1979, Nothing But Thieves, Citizen Cope... Já o Fabrício tem ouvido Francisco El Hombre, Vivendo do Ócio, Versalles, Foutress, Diplomatas, Canto Cego, General Sagaz...

P: Fala um pouco da cena independente na cidade do Rio de Janeiro na sua perspectiva para os nossos leitores espalhados por todo o Brasil:

C: Temos muitas bandas boas, na correria, fazendo suas paradas da forma que dá, e uma galera interessada em fazer eventos autorais. Alguns dizem que faltam espaços pro autoral, mas pra mim não é espaço o que falta, o que falta é público pra que esses espaços se mantenham e aumentem cada vez mais. O grande desafio é descobrir como fazer o público voltar a frequentar os shows de bandas independentes, acho que devagar a gente chega lá.

P: Muito obrigada, Cleber ST, pela entrevista. Muito sucesso pra vocês! Pra finalizar, deixe uma última mensagem para os leitores do One Degrau.

C: Eu que agradeço a você e o One Degrau pelo convite Paçoca e quero te parabenizar por essa e várias outras iniciativas suas de apoio à cena independente no Rio. Deixo aqui o convite para conferirem nossa música "Normose", que será lançada no próximo dia 18 em todas as plataformas. Um forte abraço a todos!

Curta, ouça e veja a banda Malabaristas de Semáforo:

Paçoca Psicodélica (Yasmin Ramyrez) para o site One Degrau. Toda a 1ª e 3ª segunda-feira do mês uma entrevista NA LATA!, com bandas underground do Rio de Janeiro.

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